O trapiche de Antônio Leite: (des)continuidades de uma infraestrutura portuária dos arrabaldes do Rio de janeiro dos séculos XVIII E XIX

Pedro Narciso – Historiador, variante Arqueologia (Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Ciências Sociais e HUMANAS, MESTRADO em Arqueologia (Universidade Federal do Rio de Janeiro-Museu Nacion.

Sinopse:
É difícil olhar para uma urbe pujante de vida como o Rio de Janeiro, sem sentir a força transformadora inerente à mesma, sem se aperceber da “entidade viva” de que é constituída uma cidade, força essa capaz de se criar, transformar, reinventar, contrair ou alastrar. Uma cidade é talvez o melhor e mais forte exemplo de Meio-Ambiente Cultural, a qual possui um Meio Físico em que está embutida (estrutura natural) e diversos cenários apoiados nessa estrutura, cada um dos quais correspondendo a uma Paisagem, com determinada gênese, vida e mutações. O autor destas paisagens é o próprio Homem, que na sua relação de ator com o meio, influencia e é influenciado, se adapta e é adaptado, procurando (nem sempre) viver uma relação de simbiose com a Natureza, num tempo e num espaço, deixando suas marcas.  O foco desta apresentação incide precisamente no estudo de uma dessas marcas, entretanto reavivada pela Arqueologia, a qual constitui parte integrante da paisagem portuária da cidade do Rio de Janeiro: o trapiche de Antônio Leite, seu primórdio e seu sucessor. Aspetos como a origem, uso e transformações desse trapiche até à sua supressão no início do século XX, serão expostos através da análise, interpretação e incorporação dos conhecimentos existentes, fruto de diversas fontes históricas, confrontados e complementados à luz dos dados obtidos pela pesquisa arqueológica.

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