Resgates e memórias das afroconfrarias do Rio de Janeiro Setecentista (séculos XVI-XVIII)

Marcos Coutinho Bacharel em Relações Internacionais pela PUC-Rio e Mestre em Planejamento Urbano e Regional pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ). Os temas de interesse do palestrante dão ênfase à História do Mundo Ibero-americano, que compreende as sociedades coloniais e a sua diversidade étnica e cultural, advinda, principalmente, da interação entre europeus e africanos na cidade do Rio de Janeiro. Nesse mote, a pesquisa debruça-se nas práticas religiosas e sociais em ambientes urbanos e, de igual maneira, no processo escravagista, com as suas formas de dependência e coerção no Império Colonial Português (séculos XVI-XIX). Apresenta especial interesse sobre as instituições da Igreja Católica e o que denomina de funções “extraordinárias” do sagrado – atribuições que vão além das de âmbito litúrgico-catequético.

Sinopse:
Fazer o resgate da história e da memória dos quatro principais sodalícios de cor constituídos na cidade do Rio de Janeiro – a Imperial Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, a Irmandade do Glorioso São Domingos, a Irmandade de Santo Elesbão e Santa Efigênia e a Irmandade de Nossa Senhora da Lampadosa –, desde suas fundações, a partir de 1640, no Morro do Castelo, até a segunda metade do século XVIII, quando todas já haviam se estabelecido na Várzea da cidade. A oficina trará ao conhecimento do aluno a noção de irmandade religiosa negra, bem como seus principais objetivos, formas de organização, devoções e construção de suas identidades no território carioca. Além disso, discutirá a importância da formação de um hagiológio[1] negro católico como fator de controle e distinção ante a sociedade colonial.

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