Passados sensíveis nos roteiros e aulas de campo na região do Cais do Valongo

Monica Lima Doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Professora de História da África, do Programa de Pós-graduação em História Social (PPGHIS) e do Programa de Pós-graduação em Ensino de História (PPGEH) do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IH-UFRJ). Coordenadora do Laboratório de Estudos Africanos (LEÁFRICA) no IH-UFRJ. coordenou a pesquisa na área de História e participou do grupo técnico que redigiu o dossiê de candidatura do Cais do Valongo a Patrimônio Mundial (2014-2017

Sinopse:
Esta oficina pretende problematizar abordagens e narrativas produzidas nas e para aulas de campo e roteiros de visita à região do Cais do Valongo, área conhecida como núcleo formador da Pequena África na cidade do Rio de Janeiro. O contato com sítios históricos marcados por histórias de dor e sofrimento na história da escravidão de africanos e seus descendentes, tais como o Cais do Valongo, o mercado de escravizados e o Cemitério de Pretos Novos, mobiliza sentimentos e reações. A oficina será desenvolvida tendo como referência textos e imagens que informam o grande público sobre a história da região, partindo das seguintes questões: como lidar com este passado sensível, reconhecendo suas marcas de violência, sem cristalizar imagens de subalternização? como manter compromissos de respeito à história vivida e registrada de africanos e seus descendentes, sem idealizar? como enfrentar o racismo e as resistências de visitantes, no contato com as heranças africanas vivas nestes espaços de memória? São estes alguns dos desafios de educadores e guias de turismo que buscam estar comprometidos com o conhecimento histórico, tendo consciência da importância material e simbólica do patrimônio afro-brasileiro nesta região em especial

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