Afro Patrimônio do Curral Del Rei

Pd Mauro Silva cursa doutorado e é Mestre em Ciências Sociais; tem especialização em Psicopedagogia; graduação em Teologia e Filosofia pela PUC Minas; graduação em História e Tutela do Patrimônio Cultural, pela Universidade de Pádua/Itália. Atualmente é diretor e curador do MUQUIFU – Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos e é coordenador do Projeto de Pesquisa e Centro de Documentação NegriCidade. É membro do Comitê Estadual de Respeito à Diversidade Religiosa da Secretaria Estadual de Desenvolvimento de Minas Gerais – SEDESE.

Sinopse:
O Afro-Patrimônio do extinto Arraial do Curral Del Rey, especificamente o espaço hoje soterrado sob o asfalto da nova capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, o Largo do Rosário onde existiu um templo religioso dedicado a Nossa Senhora do Rosário (1819) e o Cemitério da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos (1807). A Capela do Rosário do Curral Del Rey foi construída com autorização de Dom João VI, rei de Portugal, pela Irmandade dos Homens Pretos e em 1897 foi demolida por solicitação da Comissão Construtora da Nova Capital – CCNC. Demolida a Capela do Rosário um novo templo foi inaugurado a 26 de setembro de 1897 para acolher os irmãos e irmãs do Rosário. Na discussão ao longo da oficina buscaremos demonstrar as imbricações entre os processos que conduziram à proibição das festas do Rosário no interior das igrejas católicas, por determinação do arcebispo Dom Cabral na década de 1920. Tal proibição eclesiástica pode ter contribuído para o movimento diaspórico da população negra de Belo Horizonte em um movimento que partiu da região central para as periferias e favelas da nova capital dos mineiros. Iremos abordar também o movimento de resistência de um grupo de mulheres atuantes na Vila Estrela, pela consolidação de um sonho coletivo de construção de uma “Igreja de Verdade”, em substituição a um antigo barracão.

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