Cais do Valongo
Foi concluído em 1811, no ápice do funcionamento do mercado de escravizados do Valongo, após a chegada da família real ao Rio de Janeiro (1808). Em 1831, o tráfico transatlântico de escravos foi proibido por pressão da Inglaterra e o mercado de escravizados do Valongo foi desativado, que levou o desembarque de africanos e contrabando para portos clandestinos. De 1838 à 1843, a área ganhou aterros e um novo cais destinado ao desembarque da Imperatriz Teresa Cristina, para núpcias com D. Pedro II. O novo cais foi então batizado de ‘Cais da Imperatriz’. O local foi novamente aterrado em 1904, durante as reformas urbanas empreendida pelo prefeito Pereira Passos. Mais de um século depois, em 2011, o conjunto arquitetônico do Cais do Valongo / Cais da Imperatriz foi novamente exposto como sítio arqueológico, nas escavações para obras de revitalização da região portuária. O Iphan, a Prefeitura do Rio de Janeiro e representantes da sociedade civil formaram uma comissão para elaborar o dossiê para a candidatura do sítio arqueológico ao título de Patrimônio da Humanidade, o que foi concedido pela UNESCO, em 2017.
Fotos: Alex Ferro