
O projeto Circuito de Herança Africana foi criado pelo IPN em 2016, com o forte propósito de promover e fortalecer a educação patrimonial de seus participantes, sobretudo dos educadores e alunos da Rede Pública de Ensino. Além dos seis pontos do roteiro oficial, o IPN inclui outras localidades que fortalecem a narrativa desta atividade e torna este passeio-aula uma atividade dinâmica e inesquecível.
Cada um dos pontos indicados remete a uma dimensão da vida dos africanos e seus descendentes na Região Portuária. O Cais do Valongo e da Imperatriz representa a chegada ao Brasil. O Cemitério dos Pretos Novos mostra o tratamento indigno dado aos restos mortais dos povos trazidos do continente africano. O Largo do Depósito era uma das áreas de venda de escravos. O Jardim Suspenso do Valongo simboliza a história oficial que buscou apagar traços do tráfico negreiro. Mencionamos também o Lazareto, local onde os cativos doentes eram cuidados com objetivo comercial, também havia um vasto comércio de itens relacionados à escravidão.
A Pedra do Sal foi ponto de resistência, celebração e encontro. A antiga escola da Freguesia de Santa Rita, posteriormente o Centro Cultural José Bonifácio, atual Museu da Historia da Cultura Afro Brasileira – MUHCAB, referência da cultura negra, remete à educação e à cultura como instrumentos de libertação em nossos dias.
AVISO: A V Temporada do Circuito para escolas está suspensa temporariamente.

=> VISITAÇÃO EXTERNA – CIRCUITO DE HERANÇA AFRICANA:
O grupo percorrerá alguns pontos de relevância histórica, acompanhados com guias especializados por um percurso de 2km (a pé), finalizando com a visitação mediada interna no Instituto Pretos Novos.
.Mínimo de 5 pessoas e no máximo de 15 pessoas.
DURAÇÃO DE 2 HORAS >> Conheça o regulamento
Ingressos com mediação bilíngue: entrar em contato com turismocultural@pretosnovos.com.br
Esse roteiro turístico educativo sempre foi realizado de forma voluntária pelos amigos do IPN. No momento, para prosseguir com essa atividade de forma continua e segura, passaremos a cobrar um valor de ingresso solidário. O agendamento e a compra estão disponíveis pelo SYMPLA. Agradecemos a cada um por sua contribuição e esperamos dessa forma continuar de portas abertas e manter a missão em defender, compartilhar e incentivar a pesquisa de um importante legado histórico.
"Os escravos que não forem vendidos, não sairão do Valongo nem mortos."
Marquês de Lavradio
Percurso
- Largo de São Francisco da Prainha
- Pedra do Sal
- Morro da Conceição
- Jardim Suspenso do Valongo
- Centro Cultural Pequena África
- Casa da Tia Ciata
- Largo do Depósito
- Armazém Docas Dom Pedro II
- Cais do Valongo (Patrimônio Cultural da Humanidade – Unesco).
- Casa de Machado de Assis
- Revolta da Vacina
- Prata Preta
- Centro Cultural José Bonifácio
- Cemitério dos Pretos Novos
- Lazareto












Resultados
I Temporada / 2016 – 1.263 participantes
II Temporada / 2017 – 2.841 participantes
III Temporada / 2018 – 3.011 participantes
IV Temporada / 2019 – 2.467 participantes
Total = 9.582 participantes
Voluntários CHA/IPN
Todo ano o circuito de herança africana é realizado por guias voluntários, com curso de capacitação promovidos pelo Instituto Pretos Novos, com intuito de disseminar a história afro-brasileira.
Na IV temporada do circuito de herança africana, os voluntários que estão listados abaixo foram preparados para atuarem pelo período de Abril à Julho.
A cada temporada, estaremos convocando novos guias voluntários para disseminar a historia da pequena áfrica. Interessados, entrar em contato pelo e-mail: circuito@pretosnovos.com.br
Guias/Mediadores voluntários
Albino Pereira Neto – Mediador
Damiana F. Silva – Cadastur: 19.007295.96-2
Daniela Lopes Mahmud – Cadastur: 19.027570.96-7
Marco Tulio Trivellato Garavini – Cadastur: 19.031714.96-5
Carmen Astrid Julia Quintana Gonzalez – Cadastur: 19.030658.96-0
Rafael Rodrigues Moraes – Cadastur: 19.012646.96-0
Inacio Antonio Ferreira – Cadastur: 19.533737.81-6
Decreto Municipal nº 34.803, de 29 de novembro de 2011
Nas últimas décadas, em particular após as obras do Porto Maravilha, estudos e escavações arqueológicas trouxeram à tona a importância histórica e cultural da Região Portuária do Rio de Janeiro para a compreensão do processo da Diáspora Africana e da formação da sociedade brasileira. Achados arqueológicos motivaram a criação, pelo Decreto Municipal nº 34.803 de 29 de novembro de 2011, do Circuito e do Grupo de Trabalho Curatorial do Circuito Histórico e Arqueológico da Herança Africana, para construir coletivamente políticas de valorização da memória e proteção deste patrimônio cultural.